16 mar 2011
15/03/2011 às 09:59


O setor moveleiro projeta para este ano um crescimento de 10% no mercado interno. A previsão foi feita nesta segunda-feira (14), pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), José Luiz Diaz Fernandez, logo após a cerimônia de abertura da 8ª Movelpar (Feira de Móveis do Paraná), em Arapongas (37 km de Londrina).
Em 2010, segundo dados da Abimóvel, o mercado brasileiro de móveis e colchões faturou R$ 29,715 bilhões, contra R$ 26,232 bi no ano anterior – crescimento de 13,2%. "O ano passado foi de recuperação; este vai ser de crescimento", aposta Fernandez. Ele atribui o crescimento em 2010 à redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que era de 10% e caiu a zero entre dezembro de 2009 e março de 2010 e, a partir dali, ficou em 5%.
A Abimóvel estima em 5% o crescimento, neste ano, das exportações – índice pouco maior que os 4,05% de aumento registrado em 2010 em comparação com 2009. No ano passado, o setor moveleiro exportou US$ 598,5 milhões, contra US$ 575,2 mi do ano anterior.
As importações tiveram um grande salto, de US$ 90 milhões para US$ 189,5 milhões – crescimento médio de 110,51%, impulsionado pela compra de produtos chineses (que aumentaram em 125%) e, também, da Espanha (190% a mais), Taiwan (94%) e Itália (81%).
A preocupação com o aumento das importações será um dos pontos de pauta da reunião que representantes da Abimóvel e da Abipa (Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira) têm agendada para a próxima sexta-feira, em Brasília, com executivos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. "Precisamos estudar medidas para minimizar o impacto das importações", defende Fernandez.
O principal assunto desta reunião será uma reivindicação do setor moveleiro que se arrasta há pelo menos dois anos: a possibilidade de financiamentos "casados" para aquisição da casa própria e de móveis avulsos. A ideia, afirma José Luiz Fernandez, é criar mecanismos para que a pessoa que financiar uma casa possa também adquirir móveis e eletrodomésticos.
Fernandez disse que a decisão política já foi sinalizada pela presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral. Resta, segundo ele, começar a discutir os pontos práticos de uma eventual medida – prazo para quitação, valor máximo do empréstimo e, sobretudo, a fonte dos recursos, se via BNDES ou através da rede privada de bancos.
O presidente da Abimóvel manifestou preocupação com recentes aumentos no custo da matéria-prima. Segundo ele, neste mês, ocorreram aumentos no valor da espuma, de vidros e das chapas – nenhum inferior a 7%, o que já projeta a necessidade de repasse nos preços dos móveis. "Vai depender da política de cada empresa, mas é possível vislumbrar, nos próximos meses, um aumento de 5% a 7% no preço final das mercadorias", afirmou.

Fonte: odiario.com

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Marcos Giongo
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