8 mag 2008
08/05/2008 - As famílias Weiszflog, Plöger e Velloso, que controlam a Companhia Melhoramentos, estão atrás de um novo dono para os seus negócios de papel e celulose. Na semana passada, os candidatos enviaram a primeira proposta não vinculativa de preço. A empresa é avaliada em R$ 400 milhões a R$ 500 milhões. A americana Kimberly-Clark, a brasileira Santher e uma empresa de papel e celulose do Chile estariam no páreo pela empresa mais antiga do setor no Brasil. Fala-se também da Procter & Gamble, que mundialmente tem uma área de papel (tissue), e até dos fundos KKR e Blackstone.

Nos próximos dias, o Bradesco Banco de Investimentos (BBI), contratado pela família para assessorar a venda, vai anunciar o nome das empresas que terão acesso aos dados financeiros mais detalhados da companhia, a fase chamada due diligence. A operação não inclui as terras e nem a Editora Melhoramentos. Os candidatos têm a opção de comprar os dois negócios (papel e celulose) ou apenas a de papel, segundo uma fonte ligada às negociações. Procurada, a Melhoramentos negou a venda.

Os candidatos foram procurados há um mês e meio, mas a decisão de vender é um pouco mais antiga. Há dois anos, a família deixou o dia-a-dia da empresa e contratou um presidente (Fabio Magnani) para dar início a uma reestruturação. O objetivo principal era reverter os prejuízos constantes.

A unidade de papel - que produz papel higiênico, papel toalha de cozinha, guardanapos e lenços - é a mais atrativa do grupo. Em 2007, foi responsável pela maior parte (73%) da receita líquida do grupo, que foi de R$ 471,3 milhões.

Segundo a A.C. Nielsen, a Melhoramentos, é líder nas vendas de lenços de papel, com metade do mercado, disputa a liderança em toalhas de cozinha e guardanapos na região Sudeste, e ocupa a terceira posição em papéis higiênicos, com 7,1% de participação em 2007. A empresa vende também papéis para banheiros de empresas, bares e restaurantes.

Apesar da reestruturação, a Melhoramentos ainda não conseguiu sair do vermelho. No ano passado, teve prejuízo de R$ 11,6 milhões. A empresa tem um endividamento de quase R$ 100 milhões.

A Melhoramentos estaria agora mais interessada no negócio imobiliário. Dona de um grande pedaço de terra no Estado de São Paulo (onde está sua plantação de eucalipto), a companhia vendeu no ano passado 5,2 milhões de metros quadrados na cidade de Caieiras para a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário construir um empreendimento, que deve gerar um valor geral de vendas (VGV) de até R$ 3 bilhões. A Melhoramentos vai receber parte do pagamento em dinheiro (R$ 44 milhões) e ainda terá participação no projeto.

Fonte: Estado de S. Paulo

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Marcos Giongo
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