RIO e BRASÍLIA - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou na quinta-feira um pacote para combater o desmatamento na Amazônia, um dia após a divulgação de um relatório que revelou que a devastação na região está em ritmo acelerado . As medidas, algumas inéditas e outras anunciadas no fim do ano passado, incluem o envio de uma força-tarefa à região, para reforçar a atuação da Polícia Federal; a abertura de 13 postos de fiscalização em fevereiro; e a ampliação do número de agentes no combate aos crimes ambientais.
O governo divulgou uma lista de municípios que mais desmatam no país. Mato Grosso concentra mais de 50% deles (veja a lista) .
Além disso, produtores autuados por derrubadas ilegais serão impedidos de ter acesso a financiamentos de bancos federais, incluindo as linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro, serão criados 11 postos de fiscalização fixos, e dois fluviais e aéreos. O número de agentes será ampliado, com o envio de 780 servidores de PF, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança, Ibama, Incra e Funai.
Em dezembro, a PF já enviara 300 policiais à região. A FAB vai apoiar deslocamentos na Amazônia. O pacote foi divulgado após reunião emergencial do presidente Lula com sete ministros. A preocupação é evitar que a alta dos últimos meses leve a um aumento da área devastada no próximo balanço anual do desmatamento, que será concluído em julho.
O pacote saiu após uma reunião de emergência em Brasília convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Participaram dela, além de Marina, os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Defesa, Nelson Jobim.
Marina diz que semente e carne são culpados pelo desmatamentoO líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou nesta quinta-feira que o governo não permitirá "em hipótese alguma" a expansão de fronteiras agrícolas à custa de desmatamento. O governo divulgou uma lista de municípios que mais desmatam no país. Mato Grosso concentra 50% deles.
" Não é necessário no Brasil derrubar uma única árvore na Amazônia para plantar um pé de soja. Não é necessário derrubar uma única árvore para criar uma cabeça de gado "
- Temos uma visão clara de que é estratégico para o país a preservação da Amazônia. Hoje ninguém pode falar em qualquer projeto de desenvolvimento que não tenha como primeiro grande item a questão da visão de sustentabilidade - comentou. ( Clique e leia mais )
Durante a reunião,Marina Silva e Reinhold Stephanes divergiram publicamente sobre o que provocou a destruição da floresta.
Enquanto Marina insistia que entre as causas está o aumento do preço da soja e da carne no mercado internacional, Stephanes rebatia essa tese. Segundo o ministro, dados do IBGE mostram que nos últimos quatro anos não houve aumento da área de plantio de soja no país.
À noite, no Rio, Lula falou sobre o desmatamento.
- Não é necessário no Brasil derrubar uma única árvore na Amazônia para plantar um pé de soja. Não é necessário derrubar uma única árvore para criar uma cabeça de gado. Se alguém está fazendo isso estará cometendo uma ilegalidade e, sobretudo, um crime contra a economia brasileira. Porque na hora em que o mundo percebe que vai haver desmatamento na Amazônia para produzir soja, cana ou gado, certamente nós, que hoje somos competitivos, vamos sofrer uma concorrência muito mais séria - disse o presidente.
Fonte: O GLOBOSubscribe via email
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